A alta no preço do asfalto ao longo do ano pode comprometer obras de infraestrutura pelo país, como as pavimentações e manutenções das rodovias federais e estaduais. Em maio, o aumento no preço do insumo foi de 25%; já em agosto, o aumento registrado foi de 6%.
A elevação do preço está ligada à recuperação das cotações internacionais do petróleo, que tem impactado também o custo com combustíveis no Brasil, e tem feito com que construtoras paralisem obras de pavimentação, aguardando repasses que cubram o aumento nos custos.
As más condições do asfalto das rodovias brasileiras afetam diretamente as finanças dos transportadores, que têm de arcar com prejuízos como a manutenção dos caminhões, cujos pneus e peças se desgastam mais rapidamente. Em estradas esburacadas, o motorista precisa reduzir a marcha com frequência, o que também aumenta consideravelmente o consumo de combustível, além, é claro, do risco à segurança: estradas mal pavimentadas são mais perigosas.
Todos esses fatores podem interferir no custo da viagem, e, portanto, no valor do frete, que pode ficar até 25% mais caro em trajetos de condição ruim, segundo pesquisa da CNT (Confederação Nacional dos Transportes).
É importante lembrar que as rodovias representam o principal modal de transporte do Brasil, por onde circulam a maior parte das mercadorias produzidas no país. As más condições das estradas atingem não somente os transportadores, mas a economia como um todo, já que o consumidor final acaba adquirindo um produto encarecido por todos os custos de transportes embutidos nele.
(Setembro/2021)