A Confederação Nacional de Transporte (CNT) divulgou a 7ª edição da pesquisa Perfil dos Caminhoneiros, que traz dados sobre a rotina, o mercado de trabalho, os obstáculos e as principais demandas desses trabalhadores.
A CNT entrevistou 1.066 motoristas profissionais do país todo, 352 deles empregados de frota, entre os dias 28 de agosto e 21 de setembro do ano passado. A pesquisa apontou que a idade média dos caminhões chega a 15,2 anos. Na última pesquisa realizada, em 2016, os veículos alcançavam 13,9 anos. Os dados também apontam que os veículos conduzidos por empregados de frota passaram de 7,5 anos para 8,6 anos.
Dentre as reivindicações de todos os caminhoneiros, 51,3% pedem a queda no preço do combustível. Em segundo lugar, a segurança nas rodovias (38,3%).
Em maio do ano passado, a maioria dos caminhoneiros de todo o país (65,3%) participou da paralisação das estradas. Dos entrevistados, 56% não ficaram satisfeitos com as conquistas da manifestação.
Segundo os motoristas entrevistados, os assaltos e roubos são os maiores problemas. Por conta disso, 49,5% deles já recusaram a viagem por conta do risco de assalto ou roubo durante o trajeto.
Ainda assim, os caminhoneiros destacaram pontos positivos no trabalho, como conhecer cidades e países (37,1%), ter a possibilidade de conhecer pessoas (31,3%) e possuir o horário flexível (27,5%).
Nos últimos anos, a CNT vem se preocupando com a necessidade da renovação da frota de pesados no Brasil. Recentemente, a confederação defendeu a criação de um programa nacional para renovar as frotas de veículos pesados no país. No documento “O transporte move o Brasil - Propostas da CNT aos Candidatos” entregue aos candidatos à presidência da República, a entidade sugere um programa de financiamento com taxa diferenciada, que foca na retirada de circulação caminhões com mais de 20 anos de uso, que consomem mais combustível, são mais poluentes e menos seguros para os motoristas.
Leia a pesquisa na íntegra: Pesquisa CNT Perfil dos Caminhoneiros 2019
(Fevereiro/2019)
