Aumento do preço dos combustíveis nas refinarias, anunciado pela Petrobrás no dia 29 de setembro, impactará em preços de serviços de transportes. A elevação, de 6% para a gasolina e 4% para o diesel já está valendo.
Os efeitos desse reajuste podem chegar aos serviços de transportes, pois o diesel é o principal insumo do setor. Desde o início de 2015, ele já encareceu 7,4%, o que representa um aumento de R$0,19 a cada litro, causado principalmente pelos impostos PIS/Confins e Cide, reajustados pelo governo federal em janeiro. Em 12 meses, o preço do diesel S-10, por exemplo, subiu 12%.
Segundo a Confederação Nacional do Transporte (CNT), nesse mesmo período - em 12 meses - as transportadoras acumularam perda de 6% nas suas receitas líquidas, pois, além do aumento nos custos, o enfraquecimento da atividade econômica tem causado queda na demanda pelo serviço de transporte.
Um estudo do Departamento de Custos Operacionais, Estudos Técnicos e Econômicos da NTC&Logística (DECOPE) divulgado no fim de setembro calculou que o impacto do reajuste da Petrobras de 4% no diesel pode impactar em até 1,27% o valor do custo final do transporte rodoviário de carga, considerando apenas o custo operacional do caminhão, sem despesas administrativas das transportadoras.
Estes dados complementam outro estudo da entidade, feito em agosto com 300 empresas do setor, sobre a defasagem do frete. O resultado apontou uma diferença de 10,14% entre os fretes praticados e os custos efetivos da atividade.