A crise no setor automobilístico se acentua e as empresas não conseguem ver sinal de recuperação no ano de 2016. Segundo dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, nesse ano serão produzidos apenas 48% do total de 5,05 milhões de unidades que o país tem condição de fabricar. Nos meses de janeiro e fevereiro, as montadoras operavam com 64% de ociosidade.
Os dados do setor acompanham o cenário nacional geral, em forte retração. Em 2015, o Produto Interno Bruto do Brasil caiu 3,8%, segundo resultado divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. A categoria de transporte, armazenagem e correio teve contração de 6,5% em relação ao ano anterior.
Para 2016, o cenário não deve ser diferente. Para provar isso, o balanço divulgado pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (FENABRAVE) aponta queda significativa nas vendas de caminhões, ônibus e implementos rodoviários novos em fevereiro de 2016, em relação com o mesmo mês do ano passado. A venda de caminhões foi reduzida em 26%, com 3,8 mil novas unidades emplacadas, contra 5,1 mil em fevereiro de 2015.
Já os implementos rodoviários tiveram baixa de 6,8% nos emplacamentos, com 1,8 mil vendas, ante 2 mil de fevereiro de 2015. Esse é o pior resultado no setor desde 2004 e, desde 2007, foi a primeira vez que a indústria não ultrapassa a marca de 100 mil unidades emplacadas, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários.
