Pelo segundo mês consecutivo, o setor de transporte e logística mais contratou que demitiu. Segundo o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) do Ministério do Trabalho, foram cerca de 2,8 mil novos empregos no mês de março.
Estas novas vagas concentram-se principalmente no modal rodoviário, e, embora estejam muito ligadas à temporada de safra de soja, são uma boa notícia para um setor que vem amargando resultados ruins em decorrência da crise econômica. As vendas de caminhões, por exemplo, tiveram o pior trimestre desde 2002, segundo a Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores). Dados da federação indicaram desempenho em vendas 25,5% menor que o registrado no mesmo período do ano passado.
Além da queda nas vendas, o setor tem de conviver com uma realidade difícil: o aumento nos roubos de carga. No ano passado, foram mais de 22 mil casos por ano no Brasil, uma diferença de 86% entre o período de 2011 a 2016, com prejuízo estimado em pelo menos R$ 1,4 bilhões, de acordo com dados da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro.
No entanto, engana-se quem pensa que os roubos de carga representam a maior parcela de prejuízo. Segundo a Agev (Associação de Gestão de Despesas de Veículos), os acidentes nas estradas causam um prejuízo até 12 vezes maior o que roubos de carga. Para a OMS (Organização Mundial da Saúde) os acidentes custam cerca de US$ 518 bilhões por ano em todo o mundo.
É por isso que campanhas como o Maio Amarelo são tão importantes, e têm o apoio da PBEX. Apesar do mês de maio ter chegado ao fim, a mobilização pela conscientização de condutores e pedestres para uma melhor conduta no trânsito precisa ser constante.
O tema deste ano no Maio Amarelo, “ Minha Escolha Faz Diferença”, colocou em debate importância das escolhas corretas no trânsito, como não atender o celular enquanto dirige, usar cinto de segurança, entre outras medidas. Acesse o site da campanha aquiwww.maioamarelo.br
(Junho/2017)
