Por enquanto ainda parece cena de filme, mas várias novidades tecnológicas para o segmento de transportes, que anos atrás poderiam parecer ideias malucas, estão avançando para se tornar realidade em breve.
Na comemoração dos 60 anos de produção do caminhão nacional f-600, a Ford apresentou um caminhão semiautônomo, equipado com tecnologias de sensores, câmera, radar e outros recursos de controle, conectividade para o motorista e gerenciamento da frota. Entre os itens de segurança, estão sistema autônomo de frenagem, alerta de ponto cego, assistente de permanência em faixa, piloto automático adaptativo, alerta de fadiga e monitoramento de 360 graus do caminhão com câmeras conectadas a uma central de operações.
O protótipo – apresentado na Fenatran – busca mostrar como os caminhões devem evoluir no curto e médio prazo no Brasil antes da chegada do nível máximo de automação, com tecnologias que devem começar a aparecer gradualmente em espaço de seis meses a três anos.
Outra aposta ousada da Ford é o projeto “Boné Alerta”, que pretende ser uma ferramenta extra de proteção do motorista e prevenção de acidentes. Criado no Brasil, mas ainda sem data para lançamento, o boné parece comum, mas é equipado com sensores inteligentes que, monitorando e interpretando os movimentos de cabeça do motorista, alertam-no aos primeiros sinais de sono ao volante.
O desenvolvimento de produtos menos agressivos ao meio ambiente também está sempre na lista de inovações do segmento. A Goodyear, junto de uma entidade do setor de soja, pretende lançar a primeira linha de pneus produzidos à base de óleo de soja. Segundo a empresa, a borracha feita com o óleo se mistura mais facilmente aos compostos usados na produção de alguns pneus, o que melhora a eficiência na fabricação e reduz o consumo de energia. Por enquanto, o produto está disponível somente no mercado norte-americano.
Além dos pneus, os combustíveis são outra grande preocupação ecológica. Nesta linha, a Volkswagen lança o e-Delivery, primeiro caminhão 100% elétrico brasileiro, com autonomia de 200 km, movido a bateria. Já em 2018, o modelo entra em operação de teste. Até agora os lançamentos de modelos elétricos de carga eram sempre de países europeus e dos Estados Unidos, portanto, para o Brasil, este foi um grande salto.
O recarregamento completo das baterias é feito em cerca de três horas, mas também é oferecida a possibilidade de “recargas de oportunidade” de 15 minutos ao longo da rota, para repor até 30% da carga e estender a autonomia. As baterias são projetadas para uma vida útil de 5 anos, podendo ser reutilizadas em nobreaks depois por mais 25 anos.
(Novembro/2017)
